Volodymyr Zelensky. EFE/Arquivo/CHRISTOPH SOEDER

Zelensky anuncia outra troca de prisioneiros após nova reunião de Istambul

Riga (EFE).- O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta segunda-feira, após a segunda reunião entre as delegações de Moscou e Kiev em Istambul, que haverá uma nova troca de prisioneiros, depois da anterior que envolveu 1.000 detidos de cada lado e que foi pactuada em 16 de maio na mesma cidade turca e concretizada alguns dias depois.

“As negociações em Istambul foram concluídas e estou aguardando o relatório completo do ministro (da Defesa, Rustem) Umerov. Eles (russos e ucranianos) trocaram documentos por meio do lado turco, e estamos preparando uma nova libertação de prisioneiros de guerra”, disse Zelensky em Vilnius, ao final de uma cúpula de países dos flancos norte e leste da Otan para a qual havia sido convidado.

O presidente ucraniano insistiu na necessidade de sanções adicionais mais severas contra as exportações de energia russas, e particularmente contra as vendas de petróleo de Moscou, caso esses novos contatos na Turquia, mediados pelo governo de Ancara, não produzam progressos em direção a um fim negociado da guerra.

“Precisamos trabalhar em sanções conjuntas no nível do G7”, destacou Zelensky, que mencionou explicitamente a importância de os Estados Unidos – que não aprovaram novas medidas punitivas contra a Rússia desde a posse do presidente Donald Trump – estarem entre os que sancionam o Kremlin.

Durante seu discurso, Zelensky anunciou, sem dar detalhes, que os países da Otan representados na reunião se comprometeram a enviar novos pacotes de ajuda militar e a continuar financiando a produção de armas na Ucrânia.

O presidente ucraniano também comentou a operação realizada por seus serviços secretos neste domingo – na qual, segundo Kiev, mais de 40 aviões de combate russos estacionados em bases aéreas na retaguarda russa foram atingidos por drones – como um exemplo de como a “guerra moderna” deve ser conduzida. EFE